No outro dia estava a ver o Big Fish, um dos melhores filmes que vi até ontem e dei por mim a pensar - este post podia acabar aqui - na importância que as histórias têm na vida das pessoas. Nós somos histórias, mais ou menos fantasiadas ou reais, mais ou menos felizes ou infelizes, num ou noutro momento de cada conto. A nossa narrativa, a qual podemos partilhar quando formos velhos ou novos, está constantemente em contacto com as dos outros tornando-se uma história comum. Assim podemos ser nós ou outros a contar a mesma história com o mesmo entusiasmo saltando ou introduzindo o nosso próprio pormenor. A idiossincrasia trata de a espectacularizar!
O Edward Bloom, o tipo do filme, era realmente um bom contador de histórias, como o é ainda melhor o Tim Burton. Mas o que é certo é que sabendo contá-las ou não, todos temos histórias para contar. Nossas sozinhos (será mesmo?) e nossas com outros. A Brandi Carlile diz, embora numa gritaria desenfreada e irritante, stories don't mean anything when you've got no one to tell them to, pois que eu digo, stories don't even happen when you've got no one to live them with. O Alexander Supertramp tinha razão só é pena ser burro: happiness is real only when shared.
As histórias são sempre verdadeiras, mais ou menos floreadas. O bom da coisa é podermos contá-las a alguém. Aliás, Tárina, o bom da coisa é podermos vivê-las com alguém e depois contá-las.
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