Começo este post com um pouco de humor misturado com um recalcado. Quando tinha à volta de 7 anos, estava em casa da senhora que me ia buscar à escola e a quem eu fazia a vida negra. Esta senhora criava coelhos e patos no telhado do prédio (estamos a falar no telhado de um 6º andar) e de vez em quando esfolava-os à nossa frente. Devia ser porque nos moldava o carácter. Esta senhora tinha um filho na tropa que coleccionava carrinhos de brincar. Grande parte da sua colecção era constituida por carros velhos que eu deitava no lixo e ele ia recolher.
Bom mas não era isto que eu queria dizer. Certa tarde esta senhora já não me podia aturar e pôs-me de castigo sentado no sofá da sala a ver TV. A certa altura deu um anúncio de livros da Editora CAMINHO, no qual o senhor dizia essa mesma palavra, a qual eu repetido protagonizando com os dedos das mãos passos a percorrer o dito caminho. Levei uma lambadona sem saber ler nem escrever.
Mas também não era isto que eu ia falar. Ia falar de passos e de caminhos.
Desde que nascemos, aliás desde que começamos a andar, escolhemos as direcções que queremos seguir e os caminhos que nos levam aos destinos. Umas vezes os caminhos são acidentados ou os passos são em falso e as coisas correm mal. Também podemos escolher caminhos conhecidos, ir sempre pelas pedras que conhecemos com o destino sempre no horizonte. É mais seguro, sim, mas saberá ao mesmo?
Os passos que eu dou, quero-os firmes e seguros, quero chegar são e salvo aos objectivos, contruidos a dois. Mas por vezes não posso evitar dar passos em falso ou escolher caminhos fechados, escuros ou perigosos. Às vezes é preciso saber arriscar para que se possa chegar a um futuro que se quer, sempre e sempre, caminhante a dois.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
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